Artigo
Lifelong learning #FuturoDelTrabajoM4
Criar contextos de aprendizagem focados na evolução do mindset será fundamental para que as pessoas maximizem seu potencial na sociedade do amanhã
O aprendizado tem um papel protagonista tanto no plano educacional como nas empresas. Uma linha básica de desenvolvimento e aprendizagem, e principal foco de investimento (econômico e de tempo), consiste em gerar um mindset* que fomente esta atitude.
Com este paradigma, as pessoas são capazes de adquirir os conhecimentos de que necessitam ao mesmo tempo em que reforçam sua capacidade de relação, visão estratégica e criatividade, competências indispensáveis para aproveitar e manter o contexto de mudança constante.
Desafios e soluções:
Maior conexão entre a empresa e o sistema educacional para assegurar tanto os conteúdos como a metodologia que melhor preparem as pessoas do futuro:
– Incorporando práticas em empresa desde o início da etapa universitária.
– Trabalhando em projetos reais com pessoas que mentoreiem. Impulsionando a figura do formador/a como pessoa que dinamiza ou facilita o aprendizado.
– Integrando o talento reciclado (pessoas que se reinventam) nas empresas.
– Evoluindo os conteúdos atuais do sistema educacional, onde o papel do professorado não seja o de um mero facilitador, mas que possa gerar conteúdos alinhados às necessidades do mercado.
– Abrindo as organizações para que colaborem de forma internacional e estejam na vanguarda da tecnologia, habilidades e modelos organizacionais, entre outros. Desta forma a economia local não se sustentará em negócios que já existem, mas em melhorar os produtos ou serviços atuais.
Mais autoliderança para poder escolher o que aprender:
– Fomentando o autoconhecimento e pondo foco na singularidade. Assim seremos capazes de ver onde podemos contribuir mais, tendo em conta nossos pontos fortes e interesses.
– Identificando e mudando nossas crenças, transformando-as em crenças potencializadoras.
– Incorporando a figura do Lifelong Coach, um/uma mentor/a que acompanhe você ao longo da sua vida profissional.
– Formando em competências transversais e soft skills que dão suporte a uma melhor adaptação profissional (gestão da frustração, capacidade de mudança, empatia, criatividade, socialização, resolução de problemas…).
Criar sistemas de aprendizagem flexíveis e personalizados:
– Apostando em uma universidade por objetivos e não por anos.
– Reaprendendo e ampliando a zona de aprendizagem. Através do contexto de outras pessoas e a experiência em projetos diversos.
Incorporar o aprendizado e o desenvolvimento pessoal na atividade profissional e na vida pessoal:
– Atualizando-nos constantemente com novas ferramentas, trabalhando em espaços de experimento. A adaptação e a experimentação são as únicas vantagens competitivas em épocas de mudança.
– Fomentando a aprendizagem colaborativa para aproveitar o conhecimento das organizações e torná-lo explícito.
– Criando comunidades de aprendizagem ou círculos de inovação por temáticas.
– Utilizando a tecnologia para certificar competências mediante modelos associados a microcompetências.
– Aumentando a responsabilidade individual por ter uma atitude curiosa e pró-ativa, utilizando os numerosos recursos on e offline que estão à nossa disposição (MOOC*t, Ted Talks, Duolingo, Escuela42*…)
Formar a inteligência artificial para eliminar vieses históricos nas conclusões:
– Incorporando perfis humanistas e polímatas* em desenvolvimentos de IA.
– Promovendo a diversidade destas equipes (cultural, de gênero, geracional, multicapacidade…).
– Incluindo valores éticos no desenvolvimento desta IA.
– Desenvolvendo habilidades nas equipes, não só pensamento lógico.
Dados de interesse:
→ A duração da carreira profissional está cada vez maior.
Reflexão extraída do Think Tank sobre talento organizado pela Mornings4, (2019).
→ 38% dos funcionários no mundo estão tendo dificuldades para encontrar colaboradores com as habilidades adequadas.
World Economic Forum, (2018). The Future of Jobs Report 2018.
→ É provável que 42% dos millennials abandonem seu trabalho atual porque não estão aprendendo suficientemente rápido.
Capgemini e LinkedIn, (2018). The Digital Talent Gap. Are companies doing enough?
Testemunhos:
“Uma mente inquieta se adapta melhor a vários cenários”
Andrés de Lope – Diretor-Executivo da Tulip Planet Food
“Deve-se aprender à la carte em vez de através de programas fechados”
Mercè Santacana – Manager de Innova e-learning
“Learning by doing. Pergunto ao mercado do que ele precisa para assim formar os estudantes”
Sebastián Barajas – CEO de Ubiqum Code Academy
Este artigo faz parte do relatório Talento 4.0 #ElFuturoDelTrabajo, elaborado pela Mornings4 e Nae.
*Consulte o significado do termo no glossário técnico
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